Com apresentação de palhaços, festival promove 26 atrações!
Muito teatro, circo, dança, oficinas, intervenções artísticas e brincadeiras vão rolar na terceira edição online do festival Brincando na Praça, promovido pela Muda Cultural, até 29 de novembro.
A mostra reúne 26 atrações ao longo de oito dias, transmitidas gratuitamente de sexta a segunda, a partir das 15h, nas páginas da Muda Cultural e da Catraca Livre no Facebook e nos canais @mudacultural e @CatracaLivre no Youtube.
Com curadoria da produtora e atriz Julia Pires, essa programação linda tem a proposta de entreter a criançada e promover uma discussão sobre temas urgentes em nossa sociedade, como alimentação saudável, sustentabilidade, economia circular, diversidade, diretos humanos, equidade racial e combate à desinformação e às fake news.
As lives são apresentadas pela palhaça Rubra e pelo palhaço Pelanca, que causam muita confusão e deixam tudo mega divertido e lúdico.
Assim como aconteceu nas edições anteriores do Brincando na Praça, as apresentações são gravadas no quintal da Catraca Livre, respeitando todos os protocolos de saúde estabelecidos pelas autoridades, incluindo testagens dos envolvidos, uso obrigatório de máscaras, álcool em gel, distanciamento e acompanhamento por um técnico em segurança do trabalho.
Alguns destaques do Brincando na Praça
Inspirada por lendas indígenas e mitos ribeirinhos e nordestinos, “Água Doce”, da Cia. da Tribo, cria uma reflexão sobre a relação do homem com os rios e córregos das cidades. O trabalho venceu o Prêmio APCA (da Associação Paulista de Críticos de Arte) como melhor espetáculo de rua.
Na trama, Iara, a mãe do rio, é amaldiçoada ao matar a própria irmã, Cacira, e sua amargura deixa o rio poluído. Já o irmão Abaré, enviado pelo pai Xirú, se aventura por correntezas e turbulências para dar nova vida àquelas águas.
Outra atração é a Trupe BorboLetras com a contação de histórias “Festa na Terra da Mandioca”. O espetáculo, que trabalha a oralidade como principal caminho de expressão, narra lendas do folclore brasileiro, como as histórias do Saci-Pererê, do lobisomem, da Iara e da Mandioca. Tudo isso envolve muita música, dança e até trava-línguas.
Em “Brincando Com a Dança: Um Voo na Floresta”, a Cia Meu Corpo Meu Brinquedo convida os pequenos a usar os próprios corpos e os espaços que têm disponíveis para construir cenários das brincadeiras. Essa história explora o universo de uma floresta, seus bichos e suas lendas.
Com dramaturgia de Marcelo Romagnoli, a peça “Ladeira das Crianças – TeatroFunk”, do Grupo Rosas Periféricas, é livremente inspirada nos livros “Amanhecer Esmeralda” e “O Pote Mágico”, do escritor e poeta Ferréz. Embalado pelas sonoridades do funk, o trabalho exalta as histórias, os desejos e sonhos das crianças que moram em periferias brasileiras.
Crédito: Allan Bravos – divulgaçãoO Grupo Rosas Periféricas exalta o universo e os sonhos das crianças das periferias nesse espetáculo incrível inspirado em obras de Ferréz
No bonde da ladeira, tem criança que sonha em ser DJ, um menino curioso para saber o que há dentro do pote, uma menina de cabelo de nuvem e outras personagens iguais a todo mundo que um dia morou na periferia.
Já o Grupo Triii, com mais de 10 anos de estrada, mistura música, brincadeiras e performance no show “Miudinho”, que conta com as canções “Vai Começar”, “Xote da Dona Ema”, “Corujinha” e “Purê”.
Para quem ama hip hop, o Grupo Unity Warriors apresenta o espetáculo de breaking dance “MANOfestAÇÃO”, que ainda propõe uma reflexão sobre desigualdade social e racismo estrutural.
Uma discussão sobre a relação das pessoas com a mídia e como esta afeta as decisões e escolhas individuais é evocada pela peça “Rádio Paranoia”, da Trupe Liuds. Em cena, dois palhaços são conduzidos pela programação de uma rádio e vivenciam transformações midiáticas, como a chegada da tv e dos smartphones.
E a programação ainda conta com um monte de oficinas pra lá de divertidas, como de acrobacias de solo, com Cia Armárias, de malabares, com a Trupe Liuds; de danças urbanas, com o Grupo Unity Warriors, de criação de figurinos, com a Trupe BorboLetras; de construção de bonecos de sombras com as mãos, com a Cia. Articularte; e até de riso, com Álvaro Assad.
Fonte: Catraca Livre